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Saneamento digital: tecnologia no saneamento básico

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Meta é levar água tratada para 99% da população e coletar e tratar 90% do esgoto produzido no Brasil até o ano de 2033. Entenda mais neste artigo!

O saneamento básico é um tema importante para a saúde pública e a qualidade de vida da população, uma vez que engloba aspectos como tratamento de água e esgoto, coleta e destinação adequada de resíduos sólidos e drenagem urbana. 

No entanto, ainda há muitos desafios a serem enfrentados na área de saneamento, especialmente em países em desenvolvimento como é o caso do Brasil.

No país, o marco regulatório foi atualizado em 2020 com a aprovação da Lei nº 14.026/2020, que estabelece novas regras para o setor, incluindo a abertura do mercado para a iniciativa privada.

Neste cenário, a tecnologia, com a implementação do saneamento digital, pode ser uma importante aliada na superação dos desafios.

Para falar sobre a importância da tecnologia no saneamento básico, conversamos com Mauro Periquito, diretor especialista de prática da Kyndryl. Confira!

Benefícios da transformação digital no saneamento básico

A transformação digital pode trazer diferentes benefícios para o setor de saneamento básico no Brasil.

A adoção de novas tecnologias, como sensores remotos, automatização de processos, inteligência artificial e análise de dados, promete melhorar a eficiência dos serviços prestados, reduzir custos e aumentar a qualidade do atendimento aos usuários.

De acordo com Mauro Periquito, ao pensarmos em transformação digital no setor de saneamento básico, a primeira palavra que deve vir à mente é eficiência. 

Em um país de dimensões continentais como no nosso, os dados nos mostram que há muito espaço para melhorias e investimentos: 16% da população brasileira não tem acesso a água tratada, 45% não tem acesso a coleta de esgoto e 40% da água tratada é perdida dentro dos sistemas de distribuição”, diz ele.

Periquito considera os dados “preocupantes” e fala sobre uma das metas referentes ao saneamento básico no país, que é levar água tratada para 99% da população e coletar e tratar 90% do esgoto produzido até 2033. Ele explica:

“Investir apenas em infraestrutura, tendo uma década de prazo, não será o suficiente para encarar tamanho desafio”, opina Mauro Periquito, lembrando a magnitude geográfica do Brasil que tem 5.570 municípios e 8,511 milhões de km².

“A tecnologia é a aliada ideal para a implantação de monitoramento da qualidade da água, medição inteligente, monitoramento da pressão, detecção de vazamentos, controle de fraude, despacho inteligente do esgoto com estações de tratamento capazes de controlar vírus e bactérias, prevenção de inundação, entre outros benefícios”, destaca.

Tecnologias do saneamento digital: IoT (sensores), monitoramento remoto, Big Data e análise de dados

Mauro Periquito afirma que a tecnologia é uma grande aliada quando o assunto são os benefícios para o setor de saneamento básico. 

Em saneamento a sua aplicação pode ser bem vasta, desde a captação da água, passando pelo tratamento, distribuição, consumo, coleta e tratamento do esgoto e o retorno da água para a natureza. A tecnologia pode apoiar em todas as fases do processo”, ressalta o especialista.

Sobre a aplicação das tecnologias do saneamento digital, Periquito fala sobre a Internet das Coisas (IoT), monitoramento remoto, Big Data e análise de dados. Ele detalha mais do uso dessas inovações no segmento:

“Pensando na aplicação, podemos listar diversos casos de uso que podem se beneficiar da sua aplicação que vão desde os sensores e atuadores IoT nas pontas, passando pela conectividade - que pode ser 4G/5G ou até outros tipos de rede sem fio, passando pelas ferramentas e servidores, que farão a análise de dados na borda (edge computing) ou em nuvem (cloud computing).”

O entrevistado acrescenta: “Com esse ferramental é possível fazer a análise de vazamento de água ou fraude, otimização do uso de insumos e energia no tratamento de água e esgoto, medição inteligente nas residências, despacho inteligente de equipes para campo e até o controle de vírus e bactérias”.

O BIM e Digital Twin nas novas obras de saneamento

Conforme Mauro Periquito, “conseguir visualizar uma obra de saneamento antes de executá-la pode antecipar diversos problemas que surgem no período efetivo”.

Para que isso possa ser possível, o BIM e o Digital Twin são duas ferramentas que podem ser usadas. 

Sobre o termo Digital Twin, o entrevistado comenta que “a solução poderá ajudar a equipe, ainda na fase do projeto, a pensar em como adotar tecnologias que deixem o sistema mais eficiente”. 

“Já o BIM vai possibilitar uma colaboração muito mais estreita entre os envolvidos na obra, evitando retrabalho”, conclui Mauro Periquito. 

Para aprender mais sobre o tema, veja agora nosso texto sobre a importância das obras de saneamento para a sustentabilidade!

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