No canteiro de obras da economia brasileira, onde cada tijolo e viga são peças fundamentais na construção do desenvolvimento nacional, o mercado de equipamentos surge como um elemento vital.

Neste vasto e dinâmico universo, onde máquinas robustas e tecnologicamente avançadas são as ferramentas de transformação, os impactos vão muito além das construções físicas.

Eles ecoam por toda a cadeia produtiva, influenciando desde o desempenho das empresas do setor até os indicadores macroeconômicos que moldam o cenário nacional.

Para falar sobre este assunto, conversamos com o vice-presidente da Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração (Sobratema), Eurimilson Daniel. Veja mais a seguir!

Expectativas para o mercado de equipamentos para construção em 2024

Eurimilson Daniel abre a entrevista com uma notícia positiva: a expectativa para 2024, de acordo com as projeções do Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção, é uma alta de 7% nas vendas para o segmento de máquinas da linha amarela.

“O primeiro trimestre, normalmente, é um período de sazonalidade e o comportamento das vendas foi equivalente ao do ano passado, com o mês de fevereiro com resultados melhores”, conta o entrevistado.

“Em termos positivos, neste ano, estão a queda de juros e as ofertas atrativas feitas pelos fabricantes de equipamentos. Já em desafios, posso citar o limite de crédito por parte dos bancos, devido ao aumento da inadimplência; e o agronegócio, com a quebra da safra”, comenta.

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Os principais desafios enfrentados pelo setor atualmente

Sobre os desafios enfrentados pelo mercado brasileiro de equipamentos para construção, Eurimilson Daniel cita 3 principais: 

“Além do crédito, o cenário político e a falta de mão de obra são outros desafios enfrentados pelo setor”.

Ele acrescenta que, para destravar questões para que o mercado possa andar mais rapidamente, ainda precisam ser resolvidos diferentes desafios internos. 

O impacto das novas tecnologias no mercado de equipamentos para construção

Conforme o vice-presidente da Sobratema, atualmente, as tecnologias voltadas para o trem de força da máquina estão bem consolidadas e impactam positivamente o setor.

“Alinhadas ao conceito ESG (Environmental, Social and Governance), as tecnologias buscam elevar a segurança, a produtividade e a qualidade da operação. Elas fazem parte das decisões de investimento, inclusive”, ressalta.

Tecnologias de controle mais avançadas e programações autônomas, de acordo com Daniel, já podem ser vistas em implementação por grandes empresas. 

“Outras tecnologias, como sistemas de gestão e relacionamento, também estão no dia a dia das empresas, com avanços de produtividade e ganhos de segurança”, completa.

Iniciativas para promover a sustentabilidade na indústria da construção

Com a busca cada vez mais por um planeta voltado à sustentabilidade, o especialista explica que é possível ver empresas exigindo a aplicação de máquinas mais novas, que emitem menos gases poluentes e trazem mais segurança ao operador.

“A sustentabilidade também engloba a questão econômica, além da social e ambiental, e nesse aspecto também vemos o setor aplicando métodos de gestão e compliance”.

Como tornar o mercado brasileiro de equipamentos para construção mais competitivo

O mercado brasileiro de máquinas para construção é um setor dinâmico e vital que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento e na infraestrutura do país, sendo, inclusive, bastante competitivo.

“Entretanto, temos conjunturas macroeconômicas que trazem desafios para o aumento da competitividade, como as questões tributárias e trabalhistas. Esperamos que a reforma tributária contribua para diminuir cenários diferentes de tributação”, anseia Daniel.

Outro ponto destacado pelo entrevistado está na educação, uma vez que é preciso qualificar as pessoas para que elas possam estar preparadas para o mercado de trabalho.

“A educação básica é importante nesse processo. Além disso, a segurança pública é outra questão a ser trabalhada, assim como a saúde. Isso significa que é importante agir em 3 cenários – econômico, político e social – para que a competitividade do setor possa ser ainda maior”, conclui Eurimilson Daniel.

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