Imagine uma cidade conectada e integrada, onde a tecnologia serve como força motriz para seus habitantes, buscando oferecer mais qualidade de vida, eficiência e segurança, entre outros aspectos que visam o bem-estar geral da população.

Essa é uma das formas de descrever uma cidade inteligente, ou smart city, conceito que tem ganhado cada vez mais espaço conforme a tecnologia avança em sua relação com a construção civil.

Mas como isso impacta a forma como as empreiteiras, construtoras e demais empresas do setor atuam? Para descobrir, conversamos com Marcio Aguiar, diretor da divisão Enterprise da NVIDIA para América Latina.

Siga acompanhando este artigo para saber mais sobre o impacto das cidades inteligentes na maneira de construir!

Como funcionam as cidades inteligentes?

“Por meio de tecnologia avançada, pode-se dizer que as cidades inteligentes funcionam como uma Internet das Coisas (IoT), com redes de câmeras e sensores que contribuem para o bom funcionamento do município”, resume Aguiar.

Segundo o especialista, fatores como o 5G e o aumento e melhora da conectividade serão o grande diferencial para o avanço deste modelo urbano.

‘Podemos observar que algumas cidades já adotam certas iniciativas como redes de fibra óptica e 5G, já outras ao redor do mundo estão utilizando Inteligência Artificial (IA) para examinar dados e até mesmo criar simulações 3D e digital twins para simular como estarão no futuro”, explica o especialista.

Como as cidades inteligentes impactam na maneira de construir?

Para o representante da NVIDIA, as cidades inteligentes exigirão do setor da construção civil e seus agentes uma mentalidade ligada às novas tendências, buscando aliar as técnicas construtivas às novas tecnologias que estão surgindo.

“Elas podem impactar a construção de diversas formas, seja na gestão de energia, na mobilidade urbana, iluminação pública, entre outros pontos que podem facilitar o dia a dia da população e tornar as cidades mais sustentáveis”, analisa.

Aguiar prossegue com o exemplo de uma cidade americana que já está caminhando rumo à essa transformação digital. Ele explica:

“A cidade de Seat Pleasant, em Maryland, nos Estados Unidos, criou um hub digital para serviços municipais, e a partir disso já realizou a instalação de iluminação inteligente e análise de vídeo para aumentar a segurança no trânsito e reduzir a criminalidade.”

Aguiar acrescenta sua visão destacando os gêmeos digitais, que já estão sendo utilizados no setor da construção civil e podem ser a chave para que essas cidades se tornem uma realidade também no Brasil.

“Com um digital twin é possível realizar a simulação de uma cidade inteligente, planejar sua construção e demais funcionalidades, otimizando o tempo e melhorando designs que podem ser implementados no mundo real”, diz ele.

Qual é o papel dos smart buildings nas cidades inteligentes?

Um dos principais aspectos das cidades inteligentes é a integração entre seus serviços e instalações por meio da conectividade. Segundo Aguiar, os edifícios inteligentes, ou smart buildings, terão um papel chave nesse processo.

“Os smart buildings possuem um papel fundamental nas cidades inteligentes. Por meio da integração de tecnologias e serviços, é possível tornar um edifício residencial ou corporativo mais econômico e eficiente. Para o morador esse recurso possibilita mais facilidade, segurança e conforto”, observa.

Ele acrescenta: “Já para as empresas, outro fator importante a ser considerado é também a questão da sustentabilidade. Com a captação de dados por meio de sensores ou câmeras, a possibilidade de verificar os recursos que estão sendo utilizados no espaço é mais precisa.”

Segundo Aguiar, “isso facilita na tomada de decisão, manutenção, economia, entre outros.”

Como as cidades inteligentes e smart buildings têm impactos na sustentabilidade?

Outro tema de grande importância no debate sobre a modernização dos centros urbanos é a sustentabilidade, com termos como ESG e logística reversa ganhando um papel cada vez mais importante neste cenário.

Para o diretor da NVIDIA, as novas tecnologias possibilitam com que aspectos como o descarte e reciclagem de resíduos sejam feitos com mais assertividade, assim como no auxílio para evitar o desperdício de materiais de construção.

“Além da tecnologia aplicada para facilitar o funcionamento da cidade como um todo, a automatização dos processos permite visualizar para onde cada recurso está sendo destinado e identificar se há ou não desperdício”, comenta. 

Ele finaliza: “O uso de inteligência artificial também pode contribuir no gerenciamento de diversas atividades, como energia e coleta de lixo, por exemplo.”

Siga aprendendo mais sobre o tema. Confira também nosso artigo sobre as novas oportunidades para o avanço da tecnologia na construção!