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Diga adeus às rachaduras: entenda a argamassa estabilizada

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Massa já vem pronta para uso, com alta tecnologia aplicada e um rigoroso controle de produção. Confira no bate-papo com Cleiton Coelho, gerente da Max Mohr!

Ao começar um projeto de construção ou reforma, é comum se deparar com a preocupação sobre as possíveis rachaduras nas estruturas. Estas não só comprometem a estética, mas podem representar sérios problemas estruturais.

No entanto, há uma solução que está modernizando a maneira como lidamos com esse desafio: a argamassa estabilizada.

Essa inovação tecnológica promete não apenas prevenir as rachaduras, mas também oferecer uma série de benefícios que podem transformar a forma como encaramos a construção civil. 

Revisada em 2023, a NBR 13281 especifica os requisitos exigíveis para a argamassa e trouxe atualizações que impulsionam sua qualidade, desempenho, controle de qualidade, produção e sustentabilidade.

Se você quer saber mais sobre o assunto, acompanhe agora a entrevista que realizamos com Cleiton Anderson Coelho, mestre em Engenharia Civil e gerente de Tecnologia e Inovação da Max Mohr. Veja a seguir!

Argamassa estabilizada e tradicional

De acordo com Cleiton Anderson Coelho, a argamassa estabilizada é um produto pronto para uso, com alta tecnologia aplicada e um rigoroso controle de produção.

“Ela se diferencia por seus componentes que se preparam, dosificam em peso, misturado na central dosadora, até obter uma mistura homogênea”, explica.

“É composta por cimento, areia, água e aditivos especiais para argamassa, que a mantém trabalhável durante largos períodos de tempo sem produzir segregação e sem perder as suas características e propriedades”, cita.

Já na argamassa tradicional todos os componentes dosificam-se na própria obra. “Normalmente com baixíssimo controle da dosagem, onde um operário é encarregado da sua fabricação”, acrescenta.

Impacto da argamass estabilizada na prevenção de rachaduras em construções

A argamassa estabilizada se mostra como uma solução eficaz na prevenção de rachaduras em construções. Um diferencial importante, segundo Coelho, é o uso de aditivos químicos na composição. 

“O uso de aditivos químicos na argamassa estabilizada contribui significativamente para o controle de rachaduras e fissuras nos revestimentos argamassados em comparação com as tradicionais”, explica.

“Esses aditivos desempenham um papel crucial na melhoria das propriedades da argamassa, proporcionando maior durabilidade e resistência aos revestimentos”, completa.

Alguns benefícios dos aditivos químicos utilizados na argamassa estabilizada incluem, conforme o especialista, controle da hidratação, maior retenção de água, plasticidade e controle da consistência. 

“O uso de aditivos químicos na argamassa estabilizada oferece uma série de benefícios que contribuem para a prevenção de patologias, como rachaduras e fissuras, proporcionando um revestimento mais durável, estético e funcional”.

Argamassa estabilizada e seus principais benefícios

Sobre as vantagens da utilização da argamassa estabilizada, Cleiton Anderson Coelho cita 5 principais: logística, sustentabilidade, produto, praticidade e serviço técnico. 

Sobre a logística, o gerente cita a entrega eficaz de argamassa por meio de caminhões betoneiras de até 10m³. “Os canteiros de obras também tornam-se mais limpos, pois não necessitam de estocagem de material”, comenta.

Em relação a sustentabilidade, o profissional ressalta que com o uso da argamassa estabilizada evita-se o desperdício de material, como areia, cimento e cal. 

Sobre o produto em si, Coelho destaca o controle rigoroso nos insumos utilizados que garante a qualidade da argamassa.

Além disso, a argamassa estabilizada pode ser utilizada por um período prolongado, de 2h30min a 72h, mantendo suas características durante todo esse tempo, o que facilita a execução da obra”, lembra. 

Segundo ele, o material ainda garante praticidade por meio de entrega volumétrica em caixas de mil litros nos andares térreos e transporte para andares subsequentes em caixas de duzentos litros por meio de carrinhos específicos.

“Além, é claro, da assistência técnica especializada fornecida a clientes e fornecedores”.

Principais aplicações da argamassa estabilizada

Conforme o gerente de Tecnologia e Inovação da Max Mohr, após a revisão da NBR 13281, a argamassa estabilizada pode ser aplicada em todos os ambientes argamassados da edificação, incluindo assentamento, reboco, revestimento interno e externo, alvenaria estrutural e contrapiso.

A norma agora classifica as argamassas de revestimento em 5 tipos, considerando a aplicação específica e o desempenho desejado:

  • ARV-I: argamassa inorgânica indicada para revestimento interno de qualquer edificação e externo para edificações com altura total de até 10 metros do nível médio da rua da fachada principal.
  • ARV-II: argamassa inorgânica para revestimento interno de qualquer edificação e externo de edificações com altura total de 60 metros do nível médio da rua da fachada principal.
  • ARV-III: argamassa inorgânica para revestimento interno de qualquer edificação e externo de edificações com altura superior a 60 metros do nível médio da rua da fachada principal.
  • Argamassa de emboço técnico AET: argamassa inorgânica destinada à utilização como primeira camada do revestimento de edificações.

Já as argamassas de assentamento e fixação de alvenaria foram classificados em 3 tipos:

  • AAV – argamassa para assentamento de alvenaria de vedação, ou seja, prédio com estruturas de concreto armado, onde as paredes cumprem apenas função de vedação.
  • AAE – argamassa própria para prédios de alvenaria estrutural (inclui também argamassas para fazer a junção de alvenaria estrutural).
  • AAF – argamassa para fixação horizontal de alvenaria – conhecida no mercado como argamassa para encunhamento.

Essa nova classificação estipula regras específicas para testes de qualidade mínima para a nomenclatura de cada produto.

Case de sucesso com o uso da argamassa estabilizada

Cleiton Anderson Coelho cita como case de sucesso o Residencial Dr. Hermann Blumenau, construído pela Max Mohr na cidade catarinense de Blumenau. O edifício contou com argamassa estabilizada em diversos revestimentos. 

“Com 35 andares, o Residencial Dr. Hermann Blumenau destaca-se como um dos maiores prédios do município, e a escolha da argamassa estabilizada para o assentamento, reboco interno e externo e contrapiso mostra a confiança na qualidade e desempenho do produto fornecido pela Max Mohr”, conta.

“Este projeto exemplar demonstra a capacidade da argamassa estabilizada em atender às demandas de uma obra complexa e grandiosa, garantindo a qualidade e durabilidade dos revestimentos argamassados aplicados”, conclui.

A construção civil é um assunto bastante complexo e aqui no canal digital do Concrete Show você encontra diferentes temas para se aprofundar. Continue conosco e conheça os diferentes tipos de impermeabilização para obras!

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