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O BIM nas obras de infraestrutura urbanas

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Desde 2020, o BIM tornou-se obrigatório nas obras e serviços públicos de engenharia. Entenda como ele também pode melhorar o setor privado.

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Expandir o número de obras, analisar melhor os projetos de forma individual e visualizar as incompatibilidades são as principais razões do investimento no Building Information Model (BIM).

Entre as vantagens de investir no BIM estão, ainda, o menor retrabalho, o maior número de acertos, a redução de perdas, possibilidade de guardar os projetos na nuvem, entre outros.

Para conversar sobre o assunto, entrevistamos o Engenheiro Civil Nícolas Fioreze Dal Bó, sócio-proprietário da empresa Bemeta Engenharia. Dal Bó possui Master BIM pelo Instituto de Pós-Graduação e Graduação (IPOG) e é pós-graduando em Estruturas de Concreto Armado.

A obrigatoriedade do BIM nas obras de infraestrutura urbana

O Decreto n.º 10.306/2020 criou a obrigatoriedade de utilização do BIM na execução direta e indireta de obras e serviços de engenharia realizadas por órgãos públicos ou entidades da administração pública federal.

O Engenheiro Civil Nícolas Dal Bó acredita que esta obrigatoriedade é algo positivo para todo o setor da construção civil, desde projetistas até os beneficiados pelas obras.

“Países que já saíram na frente no uso dessa poderosa ferramenta, como Reino Unido e Estados Unidos, já conseguem observar uma produtividade muito maior do que no Brasil e seguem avançando para outros níveis de maturidade obrigatórios”, afirma Dal Bó.

Ele acrescenta a importância desta mudança partir da esfera federal, "catalisando um processo que eventualmente poderia acontecer de forma natural”. 

Além da melhoria nos projetos, por meio do BIM é possível obter uma maior transparência nas obras públicas. 

“Isso tende a elevar a qualidade dos projetos e obras públicas, além de melhorar na questão de transparência, uma vez que é possível extrair quantitativos e orçamentos de forma muito mais precisa, bem como identificar o possível erro que gerou aditivo”, detalha o entrevistado.

Os benefícios de utilizar o BIM nas obras de infraestrutura

Um dos grandes benefícios de utilizar o BIM, segundo Nícolas Dal Bó, é a possibilidade de visualizar a obra como um todo.

“Assim como em uma construção, as obras de infraestrutura são compostas por diversas disciplinas que não necessariamente estão conectadas, mas fazem parte de um todo e acabam interferindo uma na outra”, explica.

Não conhecer ou não saber da existência de alguns fatores pode ser um evento prejudicial para o andamento da obra.

“Um agravante dessas interferências é que muitas vezes estamos falando de redes enterradas, funcionando por gravidade sem a possibilidade de muitos recursos de ajuste, ou seja, o planejamento e solucionamento prévio das mesmas é fundamental para um cronograma realista de obra”, afirma.

O entrevistado complementa: “Quando falamos em obras de grande porte os benefícios do BIM são ainda maiores. Com os modelos digitais podem ser realizadas simulações de funcionamento, além de permitir um nível de detalhamento muito maior”. 

A importância da especialização da mão de obra em BIM

Nícolas Dal Bó entende que assim como qualquer outra ferramenta, o BIM não pode ficar restringido a uma pequena parcela de engenheiros dentro de um escritório.

O BIM precisa chegar também ao canteiro de obras. “A forma de visualizar o projeto também precisa ser desconstruída simplesmente da prancha de papel. Um ambiente 3D com informação vale mais do que dezenas de cortes e vistas”, aponta Dal Bó.

Ele acrescenta: “No caso de redes, imagine o aumento de produtividade quando a mão de obra tem acesso quase que instantâneo a detalhamentos tridimensionais com informações atreladas a cada um dos elementos nas estruturas mais básicas às mais complexas”.

“De toda forma, o BIM apenas no projeto surte pouco efeito prático. É uma grande barreira e de grande importância levar o BIM até o canteiro de obras, seja por um engenheiro supervisor ou um mestre-de-obras/encarregado”, finaliza o entrevistado.

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