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Déficit habitacional: como contornar o problema?

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Ter uma casa própria é o sonho da maioria dos brasileiros. No entanto, essa realidade ainda é bem distante para muito devido ao déficit habitacional.

Ter uma casa própria é o sonho da maioria dos brasileiros. No entanto, devido ao déficit habitacional, essa realidade, para muitos, ainda é bem distante. Por conta disso, acabam apostando em moradias precárias e improvisadas.

O déficit habitacional é um termo utilizado para determinar quando as famílias vivem em péssimas condições de moradia — ou não têm um lar para chamar de seu. 

Sendo assim, na maioria das vezes, elas precisam viver em residências com materiais improvisados, em um espaço muito pequeno. Além disso, geralmente são moradias que não possuem água encanada, luz, esgoto e outros serviços essenciais e básicos para ter a mínima qualidade de vida possível.

Para entender mais sobre como contornar esse problema, entrevistamos a Diretora de Incorporação da Plano&Plano, Renee Silveira. Boa leitura!

Qual é a situação do déficit habitacional no Brasil hoje?

De acordo com a Fundação João Pinheiro, o déficit habitacional brasileiro em 2019 era de aproximadamente 5.876.699 moradias. 
Além desse dado ser preocupante, há um agravante: segundo a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) há a estimativa de que entre 2020 e 2030 esse número aumente, chegando a quase 12 milhões de casas.

Renee Silveira justifica: “Isso ocorre, entre outros motivos, pelas novas formações de famílias e mudanças socioeconômicas, um fenômeno natural”.

Como a construção civil pode ser útil para oferecer essas soluções de moradia?

Não é nenhuma novidade que o setor da construção civil é extremamente importante para movimentar a economia do país. Inclusive, mesmo com a pandemia ocasionada pela Covid-19, o segmento continuou crescendo.

Portanto, “Esse grande déficit habitacional brasileiro demonstra que há ainda bastante espaço de crescimento para o setor, até mesmo enquadrando construções/empreendimentos nos programas habitacionais vigentes, como o Casa Verde Amarela, ou por meio de parcerias público-privadas. Claro que, para isso, há dependência de políticas públicas favoráveis”, complementa Silveira.

O que pensam especialistas da área sobre o que precisa ser feito para suprir esse déficit habitacional?

Silveira destaca que o apoio governamental é um dos principais critérios para suprir o déficit habitacional no país. Ela conta que isso é essencial, pois grande parte desse déficit brasileiro está na população com renda familiar de até três salários mínimos.

“Obviamente, a questão do trabalho e empregabilidade no Brasil também são fatores decisivos, já que a maioria da população conta com o FGTS para dar a entrada em um imóvel e financiamento para concluir a compra”, ela destaca.

Por isso, as políticas econômicas e sociais são essenciais no processo de reestruturação para reverter os altos índices do déficit habitacional brasileiro.

O que já tem sido feito para melhorar as soluções de moradia?

Existem alguns programas do Governo Federal para contornar o déficit habitacional, como o Casa Verde e Amarela (antigo Minha Casa Minha Vida). 

“A ampliação desses programas e a adoção de parcerias público-privadas no segmento da construção e incorporação imobiliária são ações que proporcionariam maior possibilidade de diminuir esse déficit”, complementa Silveira.

Gostou de aprender mais sobre o déficit habitacional? Se sim, aproveite e leia também: Construção híbrida é a solução que combina “o melhor de dois mundos”.
 

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