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Inteligência artificial tem potencial para maximizar a eficiência da logística da construção civil

Article-Inteligência artificial tem potencial para maximizar a eficiência da logística da construção civil

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Tema foi abordado na 14ª edição da Concrete Show por André da Silva Lucena, especialista em tecnologia do SENAI-SP

Bastante em alta nos últimos meses graças à chegada de softwares gratuitos com diversas finalidades, a inteligência artificial (IA) é uma tecnologia que vem sendo trabalhada há anos em inúmeros setores da indústria. E na construção civil não é diferente, visto que há meios de empregá-la visando alcançar uma maior eficiência no trabalho.

O painel “A Inteligência Artificial Transformando a Logística na Construção Civil”, apresentado por André da Silva Lucena, especialista em tecnologia do SENAI-SP, durante o dia de abertura da 14ª edição do Concrete Show, levou ao público algumas formas de maximizar o trabalho utilizando a inteligência artificial. 

O que é e como funciona a IA?

Em definição, a IA é parte da ciência da computação que trata de sistemas inteligentes que são capazes de se adaptar a novas situações, raciocinar, compreender relações entre fatos, descobrir significados e reconhecer a verdade. Desta forma, a inteligência artificial também pode ser entendida como um projeto e desenvolvimento de programas de computador que tentam imitar a inteligência humana e funções de tomada de decisão, obtendo raciocínios e outras características do ser humano.

Como a inteligência artificial influencia a logística da construção civil?

Na construção civil, o primeiro passo da sua utilização na logística é quebrar uma barreira: “Temos muitas empresas no Brasil em que os controles são feitos em Excel e em muitas nem isso usam. Aí fica a pergunta: como teremos mais adesão de IA em mais empresas? A IA está aí como uma oportunidade que contribui para a competitividade", questiona André.

Em um resumo, a inteligência artificial pode ser utilizada no planejamento e programação automatizados, em análise preditiva para provisão de demanda, na gestão de inventário inteligente e no planejamento de rotas otimizado e gerenciamento de frota. E se pensarmos que 30% das empresas brasileiras têm dificuldade na gestão de inventário e que 54% do custo logístico está no frete, é possível rapidamente encontrar um modo de empregar a inteligência artificial.

Os desafios da IA

Entretanto, André ressalta: “Inteligência Artificial e Big Data devem trabalhar juntos”. O Big Data é um nome sofisticado para um compilado de dados variáveis que, analisados, podem ajudar a entender situações e encontrar soluções. Com a IA, essas análises podem ser automatizadas, auxiliando o profissional a encontrar as principais informações e resultados.

Outra forma de empregar a IA é no gerenciamento de armazém, através de rastreamento e monitoramento de estoque em tempo real, processos inteligentes de separação e embalagem, robótica autônoma para manuseio eficiente de materiais e no atendimento de pedidos simplificado (quando são realizados em pequenas quantidades). 

O desafio aqui é alcançar a eficiência do método OTIF, uma sigla para “On Time in Full”, resumido por André como o “produto no tempo certo, na quantidade correta e na qualidade desejada". Com isso, são esperados menores desperdícios nos canteiros de obra, utilizando apenas os materiais necessários sem a necessidade de mexer com o armazenamento sem que seja realmente preciso.

A visibilidade da cadeia de suprimentos é outro ponto que consegue receber atenção da inteligência artificial. O resultado são rastreamentos que funcionam através de sensores IoT (uma rede de dispositivos conectados, como a própria internet) ou pela tecnologia RFID (funcionamento por radiofrequência). Outras melhorias seriam nas análises de dados para gerenciamento proativo da cadeia de suprimentos e também maximizar o monitoramento em tempo real de embarques e entregas, que ainda possuem diversos pontos cegos.

Aliás, a alocação de recursos também poderia ser orientada por IA, otimizando a mão de obra e os equipamentos necessários, com agendamento dinâmico - e assim evitando uma força de trabalho inferior ou superior do que a precisa - e consequentemente reduzindo desperdícios, que, por sua vez, diminui os custos. 

Pontos que também chamam bastante atenção são a segurança e a gestão de riscos. “Existem muitas ocorrências de diversas intensidades e é uma preocupação que precisamos ter”, alertou André. Tecnologias, além de melhorar o desempenho dos trabalhos, também conseguem aumentar a segurança dos funcionários e dos produtos utilizados. 

Então uma inteligência artificial com um prompt de comando bem definido seria altamente capaz de mapear para que haja manutenção preditiva dos equipamentos e instalações, assim como poderia monitorar em tempo real as condições de segurança locais. Como resultado, os profissionais envolvidos poderiam trabalhar em estratégias de mitigação de tais riscos, assim como em uma resposta mais ágil a qualquer incidente que venha a acontecer. 

Para o futuro, é preciso entender que a IA é um elemento complementar do trabalho e gera um Impacto transformador na indústria, então integrações e adaptações seriam necessárias para que a empresa não fique para trás na disputa. Afinal, como o André destacou: “A IA ocasiona em maior competitividade, menores erros, menores custos e menores registros de manutenção”.

Confira também a palestra do Concrete Show 2023, Como a cultura analítica transforma a gestão de obra neste artigo!

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