A maturidade do concreto é uma técnica que estima o ganho da resistência do concreto in loco com base no histórico de temperatura e a temperatura medida durante o processo de cura.
Indispensável para engenheiros, arquitetos e profissionais da área, o conhecimento sobre a maturidade do concreto foi o tema de uma conversa entre a nossa equipe e Roberto Curra, fundador da Curra Engenharia, especialista e pioneiro no Brasil.
Acompanhe mais sobre este assunto de grande importância!
Entenda o método da maturidade do concreto
Sobre a maturidade do concreto, Curra explica que: “É utilizada para se saber a resistência do concreto na obra, diretamente na peça concretada. É um ensaio não destrutivo e que trouxemos os primeiros equipamentos dos Estados Unidos em 2008”.
Ele continua: “A partir daí, começamos a usar em nossas obras, fazer consultorias e também produzir artigos para gerar mais informações no mercado nacional. Isso porque no Brasil não se usava e não se falava a respeito desse ensaio, apesar de ser um ensaio já normatizado pela ASTM C1074 desde 1987″.
Benefícios do Método da Maturidade
Os benefícios que o Método da Maturidade traz para o mercado da construção são bem significativos. Dentre eles: maior segurança nos procedimentos de desforma, remoção de escoramentos e protensão das estruturas, além da possibilidade de customizar o traço do concreto, permitindo a diminuição do consumo de cimento.
Vale destacar que na revisão da norma de paredes de concreto, ABNT NBR 16055, está sendo sugerida a utilização do Método da Maturidade para controle da resistência do concreto na desforma, agilizando a remoção de formas, com segurança, e, desta forma, pode ser utilizado também nas indústrias de pré-fabricados e construção civil em geral.
Questionado sobre estas vantagens, Curra nos explica ainda que: “O corpo de prova é um ensaio para aceitação do concreto aos 28 dias e também, para fazer a calibração para utilização do Método da Maturidade, através da criação de uma curva de comportamento deste traço. A resistência obtida através do corpo de prova não é a resistência do concreto na obra à tenras idades. Diferente do Método da Maturidade, que é a resistência real da peça concretada”. Segundo o especialista, “isso faz uma enorme diferença e vai agilizar muito o processo de desforma para as empresas que fazem paredes de concreto. Isso pode ser aplicado para outros tipos de obras e, desta forma, se pode customizar o traço de concreto, tornando as obras mais econômicas, respeitando a segurança”.
O equipamento da Con-Cure NEX para medição da maturidade
A Con-Cure é a empresa referência no mercado norte americano desde 1995 quando o assunto é Método da Maturidade. Única empresa a ganhar por dois anos consecutivos (2017 e 2018) o MIP, Most Innovative Products, na World Of Concrete.
Segundo Curra, com este equipamento “Se consegue produzir com custos menores, sem desperdiçar tempo e com maior segurança”
O equipamento esteve em exposição durante o Concrete Show 2022.
A sustentabilidade e o Método da Maturidade
O equipamento também se destaca quando o assunto é sustentabilidade.
Nas palavras de Curra: “Esse método permite, através da informação real da resistência do concreto na peça concretada, a customização do traço do concreto para atender a necessidade de cada projeto. Isso possibilita otimizar o consumo de cimento ao mínimo necessário para atender o ciclo concretagem-desforma com segurança. A possibilidade da redução do consumo do cimento contribui na diminuição da “pegada de carbono” da indústria da construção civil.
Como um equipamento totalmente reaproveitável, também contribui para a redução de resíduos, diferente dos equipamentos descartáveis existentes no mercado. Con-Cure NEX, por não ser descartável, é um investimento e não um insumo no processo construtivo e, desta forma, se torna mais econômico a cada reutilização.
Por isso, o especialista acredita que é importante que as construtoras e os profissionais da área invistam nesse novo método e assim, obter economia com segurança e, ao mesmo tempo, ter ganhos em sustentabilidade.
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