Nunca se falou tanto em sustentabilidade. Usar conscientemente os recursos da natureza, principalmente os não renováveis, sem comprometer o futuro do planeta e das próximas gerações é algo que vem sendo discutido com ênfase. 

Não basta apenas pensar com cautela quando o assunto é o meio ambiente. Pesquisas mostram que é preciso agir de forma direta e ativa para que o desenvolvimento econômico e a preservação ambiental possam equilibrar-se.

Neste cenário, a CSN Cimentos Brasil traz ao mercado o ECOCEM50, um cimento de alta resistência produzido com baixa emissão de carbono na atmosfera.

Para falar sobre o assunto, conversamos com José Vanderlei de Abreu, gerente de Inovação e Desenvolvimento de Produtos da CSN, que falou sobre o tema no Concrete Show 2023. Boa leitura!

O que é o ECOCEM50 e como ele se diferencia dos cimentos tradicionais em termos de desempenho e sustentabilidade? 

O ECOCEM50, conforme explica o entrevistado José Abreu, é um cimento de alta resistência.

“É produzido com componentes minerais de alta reatividades e, excedendo os limites da NBR 16697 em performance mecânica, consequentemente propiciando concretos de elevada resistência com baixo consumo relativo de cimento, resultando em baixas emissões de carbono por m³ de concreto”, relata.

Ainda de acordo com Abreu, o ECOCEM50 “assegura atingimento ao Fc(j) em concreto a partir do 7º dia de cura com menores consumos de cimento, comparado com os produtos convencionais”. 

As principais características do ECOCEM50 que o tornam uma escolha atraente para projetos de construção civil

Em sua performance, o ECOCEM50 agrega algumas características singulares que são apresentadas por José Abreu.

“Alta resistência ao sulfato, baixo calor de hidratação e inibidor das reações álcali-agregado. Tudo isso concentrado em um único produto, sem esquecer, é claro, a elevada performance mecânica com baixíssimas emissões de CO2”, citou.

O ECOCEM50 apresenta, ainda, outras vantagens que são enumeradas pelo entrevistado.

  • “Propicia também aos concretos uma elevada manutenção da plasticidade ao longo do tempo com economia considerável de aditivos plastificantes e estabilizantes;
  • Excelente compatibilidade com aditivos químicos;
  • Maior estabilidade reológica nas primeiras idades assegurando uma maturidade linear em relação aos produtos convencionais;
  • Facilidade na produção de concretos ‘verdes’ onde o controle das emissões de CO2 são um requisito e valor para o cliente e usuário final;
  • Propicia concretos de altíssima durabilidade quando submetidos a agressividade do tipo sulfatos e álcali-agregado, além de facilitar o preparo de concretos com baixa emissão de calor de hidratação, como blocos e grandes fundações.”

Quais são as aplicações mais adequadas para o ECOCEM50 e em quais tipos de projetos ele pode ser mais vantajoso?

Segundo o gerente de Inovação e Desenvolvimento de Produtos da CSN Cimentos Brasil, o ECOCEM50 possui diferentes aplicações.

“Para concreto de alta durabilidade, concreto estrutural conforme a NBR 8953, concreto massa com baixo calor de hidratação, concretos com baixas emissões de GEE”, inicia Abreu.

Ele acrescenta: “Ainda em concreto para fundações de estruturas, obras de infraestrutura e concretos para ambientes agressivos”.  

Como a resistência e durabilidade do ECOCEM50 se comparam às dos cimentos tradicionais?

Para ilustrar a resistência e durabilidade do produto, Abreu mostra dois gráficos. O primeiro ilustra a performance do ECOCEM50 comparada aos limites da NBR 16697 para cimentos de alta performance. Veja abaixo:

Gráfico 1: Resistência à compressão – MPa

O segundo gráfico apresenta o comportamento do ECOCEM50 com outros cimentos usuais para desenvolver um concreto típico.

“Aqui fica claro a redução do consumo de cimento para um mesmo fck de concreto e a baixa emissão de GEE para este concreto com a utilização do ECOCEM50”, explica o entrevistado.

Gráfico 2: Comportamento do ECOCEM50 com outros cimentos

Casos de sucesso que demonstram os benefícios do uso do ECOCEM50 em alta performance, sustentabilidade e durabilidade

Para finalizar, José Vanderlei de Abreu cita algumas obras onde o ECOCEM50 foi utilizado com sucesso.

“No bloco de fundação do edifício Quatro Ventos, em Belo Horizonte; na Estação do Metrô de São Paulo (laje de fundo); nas barragens nas cidades paulistas de Pedreira e Amparo e na ampliação da rodovia dos Tamoios e contorno de Caraguatatuba, também em São Paulo”, elenca ele.

E já que estamos falando em maneiras de preservar o planeta e as futuras gerações, convidamos você a acompanhar também nosso artigo “Inovações nos EUA possibilitam uma cadeia construtiva mais sustentável no futuro”!