Em um cenário onde a construção civil ainda é majoritariamente dominada por homens, o Instituto Mulher em Construção (IMEC) surgiu como uma força transformadora.
A organização social, fundada em 2006, em Canoas, no Rio Grande do Sul, tem como missão capacitar mulheres em situação de vulnerabilidade social e vítimas de violência doméstica, promovendo a autonomia, cidadania e empoderamento por meio da inserção no mercado de trabalho da construção civil.
Ao longo das próximas linhas, vamos conhecer um pouco mais sobre a história e o trabalho desenvolvido no Instituto Mulher em Construção. Para tanto, conversamos com Bia Kern, fundadora da entidade.
Veja mais sobre o incrível trabalho da organização nos próximos parágraos!
Mulher em Construção: como começou
O Instituto Mulher em Construção surgiu a partir do sonho da fundadora Bia Kern.
Impulsionada pela preocupação com a situação das mulheres em relação à igualdade de gênero e inclusão no mercado de trabalho, Bia deu os primeiros passos. O ano era 2006.
“Desde então, a missão do IMEC tem sido promover a autonomia, a cidadania e o reconhecimento dos direitos de mulheres socialmente vulneráveis, por meio da capacitação para torná-las mão de obra qualificada para atuar na construção civil”, conta Bia Kern.
Principais atividades do Instituto Mulher em Construção
O IMEC oferece cursos de elétrica, pintura, pequenos reparos, instalações hidrossanitárias, argamassa e impermeabilização.
Em parceria com a Universidade Lasalle, o Instituto criou o primeiro Centro de Capacitação Emergencial, que oferece oficinas e treinamentos gratuitos para mulheres das comunidades afetadas pela tragédia que assolou o Rio Grande do Sul em maio de 2024.
“O Regenera RS é um programa que, de uma ação emergencial, se tornou permanente. Foi uma resposta para apoiar comunidades afetadas pelas enchentes do Estado”, relata a fundadora do IMEC.
“Mais do que uma capacitação profissional, foi uma oportunidade para que essas mulheres pudessem se tornar protagonistas na reconstrução das comunidades e das vidas das famílias afetadas”, lembra Bia.
Das 443 alunas formadas, 320 foram atingidas pelas enchentes. Segundo a idealizadora nos conta, a organização acabou servindo como uma oportunidade para que as mulheres pudessem reconstruir suas vidas após a tragédia.
“Essas mulheres encontraram no programa criado pelo IMEC a chance de recomeçar. Muitas delas utilizaram o aprendizado e reformaram as próprias casas após as enchentes”, comemora Bia.
No Regenera RS, além da vivência prática da construção civil, as mulheres participaram, no total, de 1.248 horas de aulas ao longo do último ano.
“Elas também receberam suporte emocional e social e, com isso, se fortaleceram, colocaram a mão na massa, assentaram os tijolos e reconstruíram, junto com suas casas, um novo propósito de vida”, explica nossa entrevistada.
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Como as empresas do setor de construção podem apoiar a instituição
Ao longo de quase 20 anos de existência, Bia recorda que o programa já ajudou mais de 7 mil mulheres que se encontravam em situação de vulnerabilidade social. E para continuar o trabalho, o IMEC precisa da ajuda de todos.
“As empresas podem patrocinar projetos, contratar alunas ou, ainda, aderir ao Selo Rosa – um compromisso com a inclusão e o impacto social no setor da construção civil”, conclui Kern.
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