A produtividade e a qualificação da mão de obra são dois dos principais pilares – e também dos maiores desafios – enfrentados atualmente pelo setor da construção civil.
Em um cenário de constante transformação, impulsionado por novas tecnologias e métodos construtivos mais industrializados, cresce a necessidade de investir de forma contínua no desenvolvimento profissional das equipes.
Neste artigo, Anderson Castro, gerente de Recursos Humanos da SH Formas, Andaimes e Escoramentos, compartilha como a empresa tem enfrentado esses desafios com uma gestão estratégica focada em capacitação, valorização dos colaboradores e parcerias com instituições.
Acompanhe mais a seguir!
Atualização dos indicadores de produtividade (horas/homem)
Na opinião de Anderson Castro, o investimento contínuo em capacitação gera resultados concretos que impactam diretamente a produtividade. Ele exemplifica com um case da própria SH:
“Colaboradores que iniciaram suas trajetórias em funções operacionais evoluíram para cargos estratégicos, como técnicos, supervisores, gerentes e diretores, demonstrando como o desenvolvimento profissional contribui para uma performance mais eficiente e um melhor aproveitamento das horas trabalhadas”, conta.
Segundo ele, é a gestão de desempenho e os feedbacks constantes que ajudam a alinhar os indicadores de produtividade aos objetivos da empresa.
“Mais do que números, esses avanços refletem o crescimento efetivo dos nossos colaboradores e da própria organização”, ressalta.
O avanço da industrialização da construção
O especialista vê o setor da construção civil em constante transformação, com avanços em tecnologias, normas técnicas e métodos construtivos.
Uma forma de acompanhar essa evolução, no ponto de vista do entrevistado, é investindo em capacitação para que as equipes estejam sempre preparadas.
“O aprendizado constante garante que nossos colaboradores estejam atualizados e aptos a operar em ambientes cada vez mais industrializados, com foco em eficiência, segurança e inovação”, afirma.
Iniciativas de capacitação técnica com apoio do setor privado e Senai
O gerente de Recursos Humanos da SH conta que a empresa promove diferentes iniciativas de capacitação técnica em parceria com o setor privado e instituições como o Senai.
“Entre os destaques estão o programa Carreiras em Construção, que garante 100% de investimento em cursos técnicos para colaboradores operacionais; e a parceria com a Alicerce, que ampliou o acesso à educação em um projeto-piloto em Curitiba”, detalha.
“Também contamos com a plataforma UCSH, mentorias com consultorias especializadas e o apoio do NUBE na formação de estagiários, reforçando nosso compromisso com o desenvolvimento técnico e profissional”, acrescenta.
Para Castro, o Senai tem papel essencial nesse cenário, sendo referência em educação técnica e tecnológica há décadas.
“Para as empresas, é uma fonte confiável de formação de mão de obra qualificada, alinhada às demandas do setor produtivo. Para os alunos, é uma porta de entrada para o mercado de trabalho, com cursos atualizados e infraestrutura de excelência”, observa.
Ele, inclusive, ressalta que, ao longo dos anos, a atuação do Senai tem fortalecido a indústria nacional por meio da inovação, produtividade e inclusão social.
Entraves para contratação e retenção de mão de obra qualificada
Conforme Castro, a contratação e retenção de profissionais qualificados é um desafio recorrente para as empresas, especialmente em um cenário de rápidas transformações tecnológicas e mudanças nas expectativas dos trabalhadores.
Ele cita alguns dos principais entraves para a contratação e retenção de mão de obra qualificada:
“Escassez de profissionais com formação técnica adequada, alta competitividade do mercado e resistência à mudança”.
Ele compartilha com os leitores que a SH enfrenta esses desafios por meio de uma abordagem estratégica, promovendo capacitações relevantes e práticas, escuta ativa das lideranças e programas como o Compartilha.SH, que valorizam o conhecimento e incentivam a troca entre equipes.
“Superar esses desafios exige uma abordagem estratégica, que envolve escuta ativa, valorização do colaborador, programas de desenvolvimento alinhados às necessidades reais da empresa e um ambiente que promova aprendizado contínuo e reconhecimento”, finaliza o entrevistado.
Investir em qualificação e criar um ambiente que valorize o desenvolvimento humano é, como reforça Anderson Castro, o caminho para elevar o desempenho e transformar a realidade da construção civil.
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