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Brasil ultrapassa marca de mil construtechs e proptechs

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O 7º Mapa das Construtechs e Proptechs mostra amadurecimento do ecossistema e indica espaço para novos aportes, fusões e aquisições.

Em sinal de resiliência diante do “inverno das startups”, que vem desafiando o mercado de tecnologia, o ecossistema de construtechs e proptechs segue crescendo no Brasil.  O setor alcançou a marca de 1.068 startups ativas em 2022, alta de 11,8% em relação às 955 empresas mapeadas em 2021 no país. Os números são destaque no 7º Mapa de Construtechs e Proptechs, publicado pela Terracotta Ventures — principal empresa de venture capital nos mercados imobiliário e de construção civil da América Latina.

Os dados indicam continuidade no crescimento e estabilização na criação de novos negócios digitais, além de maior maturidade das startups dedicadas ao ramo imobiliário. Sobretudo porque a grande maioria das startups em estágios mais avançados permanecem atuantes, fazendo com que a taxa de mortalidade de startups, de 5,2%, seja menor do que os índices registrados no biênio anterior (11,9% e 13,7%). Das empresas que tiveram suas atividades encerradas no ano, 92% ainda não tinham ultrapassado a fase pré-seed, etapa crucial para a sobrevivência de uma startup.

O mapa também revela crescimento nos investimentos em startups early-stage, em 2022. O volume movimentado pela categoria teve alta de 24,4%, chegando a R$ 789 milhões. As startups de São Paulo ficaram com 52% do volume investido, seguido por Santa Catarina (33%) e Rio de Janeiro (6%). A Terracotta Ventures foi a investidora mais ativa no segmento no país, participando de 40% dos dez maiores aportes early-stage do ano.

Quando observado o segmento de venture capital ao longo de toda a cadeia de construção civil e imobiliário, incluindo as rodadas que englobam negócios de fases mais avançadas, houve queda de 56% no volume investido no ano passado: foram R$ 2,55 bilhões levantados em 2022 frente aos R$ 5,83 bilhões de 2021. Houve ainda recuo de 30% no total de aportes no setor, que passaram de 67 para 47 rodadas de um ano para o outro.

Alguns dos montantes mais altos em 2022 foram arrecadados por Creditas (R$ 1,4 bilhão); Brasil ao Cubo (R$ 74 milhões); e CondoConta (R$ 60 milhões). Completaram o pódio a Rede Vistorias (R$ 35,6 milhões) e a Sooper (R$ 32 milhões).

Abre-se uma nova janela de oportunidades

Bruno Loreto, managing partner da Terracotta Ventures, avalia que os números comprovam que existe uma janela de oportunidade para investidores e startups com soluções inéditas e capazes de alavancar a digitalização do setor, especialmente aqueles relacionados aos investimentos Anjo, Pré-seed e Seed.

“O investimento em empresas early stage mira o longo prazo, as flutuações no mercado ocorridas nos últimos meses naturalmente faz o investidor ficar cauteloso. Mas ao mesmo tempo, a reprecificação nos múltiplos dos ativos trouxe boas oportunidades para entrar em negócios promissores, em condições mais equilibradas, e, cuja perspectiva de longo prazo sofre pouco efeito do atual panorama de mercado”, sinaliza.

O especialista afirma ainda que há inúmeras teses onde a demanda pela tecnologia é crescente, empreendedores que passam a valorizar um crescimento mais equilibrado e com um cenário competitivo menos agressivo, traduzindo-se em possibilidades de bons negócios.

Naturalmente, a dinâmica nos investimentos late stage é outra. “É necessário enxergar a janela de IPO para os grandes investidores poderem melhor dimensionar o que esperar da relação risco e retorno; essa só deve retomar com a inversão da curva de juros esperada para a partir de 2024 no cenário global”, avalia Bruno Loreto.

Maturidade do setor vai influenciar fusões, aquisições e M&As

Além disso, o futuro do venture capital em negócios digitais na construção civil e mercado imobiliário é promissor. O segmento amadureceu não só em quantidade, mas em empreendedores mais preparados num mercado de construção civil valorizando e demandando mais tecnologia. Isso denota uma continuidade no crescimento dos novos negócios e a viabilidade de bons “deals”.

“A demanda por tecnologia como motor de eficiência e competitividade das empresas tradicionais que estão buscando se digitalizar tende a continuar aumentando; e se há demanda por tecnologia a melhor receita para qualquer startup é o dinheiro do cliente, da venda da solução e na proposta de valor que são capazes de gerar. Essa combinação vai consolidar algumas teses de negócios e incentivar operações de fusões, aquisições e estratégias de M&A”, justifica Bruno Loreto.

O mercado também deve se retroalimentar a partir dos layoffs que ocorrerem porque devem impulsionar o retorno de empreendedores para o mercado com novas ideias e soluções que podem renovar o ciclo de negócios digitais no ramo da construção civil e imobiliário brasileiro.

As construtechs podem trazer vantagens que vão da agilidade e melhoria de processos até a economia nos custos e tempo de construção. Saiba mais baixando o e-book:

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