Uma das diversas atrações da 15ª edição do Concrete Show foi a “Praça da Alvenaria Industrializada”, que serviu como modelo de como a alvenaria industrializada e as novas tecnologias em pavimentação intertravada podem ser úteis para o setor construtivo.

Reunindo dez empresas expositoras, o projeto liderado por Paulo Manzini, que também é o idealizador da Casa Cerâmica, apresentou os avanços mais recentes em alvenaria racionalizada em um espaço de 300m² do evento.

A Praça da Alvenaria Industrializada reuniu ainda palestras e soluções em seu entorno, e, para falar sobre este inovador conceito e seus desdobramentos, Manzini foi o entrevistado do 75° episódio do PoeiraCast, gravado durante o Concrete Show 2024.

Veja, a seguir, mais do que ele falou sobre o tema em sua participação no podcast!

Uma colaboração entre dez empresas com o apoio de importantes entidades

Explicando como surgiu a ideia do projeto, Manzini relatou que diferentes empresas e profissionais foram convidados, colaborando assim em um projeto dinâmico e multifacetado.

“Antes do nome ‘Praça’, a ideia era construir uma casa ou apartamento modelo em quatro dias. Começamos a nos reunir com algumas construtoras no intuito de convidar uma consultora para ter um modelo a ser construído”, explicou.

Para transformar essa ideia em realidade, foi formada uma colaboração entre as empresas Oterprem, Optimas, Glasser, Columbia, Intercity, Anhanguera, Tatu, Embu, Equipaobra e Solpi.

Além disso, o projeto também contou com o apoio institucional de importantes entidades do setor construtivo, como o Sinduscon-SP, Associação Bloco Brasil, ABCP e Sinaprocim/Sinprocim.

O uso da alvenaria racionalizada para a sustentabilidade e eficiência em obras

Detalhando mais sobre como a Praça da Alvenaria Industrializada foi colocada em prática, Paulo Manzini informou que pontos como a eficiência e a redução de desperdício foram levados em conta, assim como um planejamento altamente confiável.

“Quando falamos alvenaria racionalizada, nós estamos falando em racionalizar algo. É como um jogo de Lego: a gente vai seguir o manual, não vai sobrar pecinha, não vai sobrar bloco. E, se sobrou, está errado”, refletiu.

Outro ponto abordado pelo entrevistado do PoeiraCast foi a preocupação com a redução de desperdício, buscando assim trazer conceitos mais sustentáveis e práticos para as novas obras.

“Com isso começamos a ter uma alvenaria rápida e eficiente, com zero desperdício, zero resíduo, zero quebra de parede, e com elétrica e hidráulica embutida”, apontou, abordando aspectos como a laje pré-moldada como diferenciais para isso. 

Ele prosseguiu: “No meu contato com algumas construtoras eu percebo que não necessariamente o custo menor se tornou aplicável, pois chega em um ponto em que ausência de mão de obra é tão grande que o custo maior é compensado por conta do tempo de execução ser muito melhor”.

Industrialização e aplicação da tecnologia para o avanço do setor construtivo

Analisando a questão da industrialização da construção que foi a base criativa para a Praça da Alvenaria, Manzini destacou como as diferentes tecnologias estão se integrando para transformar a construção, o que foi mostrado na prática no evento.

“A indústria produziu o bloco, aí ela cria a biblioteca BIM e joga isso na nuvem. A engenharia pega isso na nuvem, joga no projeto, e o gerenciamento vai se expandindo e se multiplicando”, observou.

Ele continuou: “É um conjunto de informação muito grande para gerar a obra de forma industrializada, e é isso que tentamos mostrar um pouco.”

Prosseguindo a entrevista, Manzini citou ainda o aspecto educativo da iniciativa, pontuando que a facilidade da leitura para a mão de obra que atua no setor da construção civil é essencial para que tais iniciativas sigam gerando frutos.

“Essa foi a primeira edição. Vamos ter a segunda, a terceira e mais edições da Praça. Algumas coisas vão se repetir, mas outras vão ganhar inovação. Cada feira que eu vivo eu conheço outras inovações, e enxergo novas formas de execução daquele mesmo produto, então é sempre um processo de soma”, celebrou.

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