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3 exemplos de ‘novos’ tipos de concretos que visam a sustentabilidade

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Estudos sobre novas formas de preparar e usar o material estão em curso no Brasil e no mundo com o objetivo de desenvolver tecnologias mais sustentáveis para o setor de construção

O conceito de sustentabilidade ganhou impulso em escala global. No setor de construção, muitas companhias estão reconhecendo o valor de utilizar práticas, materiais e tecnologias em prol de construções mais sustentáveis e verdes. Além da responsabilidade socioambiental, essas adequações também são derivadas de regulamentações mais rígidas para mensurar o impacto da construção no meio ambiente, desde classificações obrigatórias até a avaliação do ciclo de vida dos empreendimentos. 

De acordo com o Green Building Council Brasil, as construções sustentáveis são uma das melhores maneiras pelas quais as empresas podem se preparar para o futuro, apoiar ações climáticas e causar impacto imediato. Os edifícios, por exemplo, são responsáveis ​​por grande parte do consumo global de energia, de recursos e de emissões de gases de efeito estufa. De acordo com o Relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) sobre edifícios e clima, os edifícios são responsáveis ​​por mais de 40% do uso global de energia e um terço das emissões globais de gases de efeito estufa.

Portanto, o setor de construção, em particular, tem o potencial de colaborar com a redução do esgotamento de recursos naturais e mitigar os riscos relacionados ao clima. Um dos materiais mais presentes em praticamente todas as construções no Brasil, o concreto, é um insumo considerado objeto de diversos estudos que priorizam o desenvolvimento de tecnologias mais sustentáveis.

Veja a seguir três exemplos de materiais com base de concreto que estão atualmente em uso ou em desenvolvimento na cadeia de construção:

1 - Bioconcreto

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O chamado bioconcreto é um material literalmente vivo, capaz de se autorregenerar e bloquear a incidência de fissuras em construções. Uma das pesquisas mais conhecidas é desenvolvida por pesquisadores da Universidade Técnica de Delft, na Holanda. Para preparar o bioconcreto, os cientistas misturam o concreto tradicional com colônias da bactéria Bacillus pseudofirmus, responsável por promover o processo de autocura do concreto.

O material pode revolucionar a construção no sentido de solucionar rachaduras em empreendimentos, de forma mais 'verde' e econômica. No Brasil, o Núcleo de Ensino e Pesquisa em Materiais e Tecnologias de Baixo Impacto Ambiental na Construção Sustentável (NUMATS), ligado ao centro de pesquisa da Universidade Federal do Rio de Janeiro, tem uma linha de pesquisa que é direcionada para o desenvolvimento de bioconcreto usando resíduos vegetais na forma de agregados em matrizes cimentícias.

2 - Concreto Sustentável

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O concreto sustentável é feito a partir de materiais reaproveitados, reduzindo o uso de outros recursos, como água, brita e areia, gerando assim maior economia e menor impacto no meio ambiente. O material é fruto de estudo no Instituto de Arquitetura e Urbanismo (IAU-USP), vinculado ao campus da Universidade de São Paulo em São Carlos, que tem à frente o professor Dr. Javier Mazariegos Pablos.

A ideia é a substituição dos materiais agregados por resíduos industriais da construção civil. O benefício é que esses resíduos voltam para a cadeia produtiva ao serem misturados ao concreto, o que elimina o problema de descarte inadequado, uma ação que contamina o meio ambiente.

3 - Telha fotovoltaica de concreto

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No Brasil, o primeiro modelo de telha fotovoltaica de concreto que capta a energia solar é produzido pela Tégula Solar, marca subsidiária da Eternit, fabricante de telhas e materiais de construção. A previsão é que o material seja comercializado no próximo semestre, após o término de testes em projetos-piloto de clientes selecionados pela empresa. 

As placas fotovoltaicas são inseridas na parte de cima das telhas de concreto. A medida das telhas no total é de 36,5 cm por 47,5 cm e cada placa é capaz de produzir uma média mensal de 1,15 quilowatts/hora por mês. Já a indicação do número de telhas necessárias para cada residência varia de 150 telhas solares para casas pequenas e, nas maiores, a quantidade pode chegar a 600.

Com informações:

https://www.gbcbrasil.org.br/pessoas-e-dados-definem-o-futuro-da-construcao-sustentavel/

 

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