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Sustentabilidade é prioridade na agenda das empresas de materiais para a construção

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Iniciativas para a redução da emissão de CO² e a pesquisa e desenvolvimento de novos produtos são adotadas por empresas ligadas à cadeia produtiva do concreto.

As empresas da cadeia de construção estão cada vez mais cientes que a emergência climática global é um tópico que não pode ser ignorado. A LafargeHolcim, multinacional de origem franco-suíça do setor de materiais de construção, é uma das companhias que estabeleceu estratégias de sustentabilidade visando cumprir um compromisso mundial de neutralizar as emissões de dióxido de carbono (CO²) até 2050.

O engenheiro Jose Vardelei de Abreu, gerente de produtos e assessoria técnica da Holcim, destaca que a indústria do cimento brasileira é um benchmark mundial no que se refere às emissões de CO² por tonelada de cimento das indústrias deste material. Em escala global, a indústria do setor responde por cerca de 7% de todo o dióxido de carbono emitido na atmosfera. No Brasil, a participação do setor nas emissões nacionais é de 2,3%. 

“Ainda há um longo caminho, porque a previsão do setor é reduzir para 375 quilos de CO² por tonelada de cimento até 2050. Hoje a média encontra-se em aproximadamente 564 quilos por tonelada do insumo”, avalia Abreu.

Ele ressalta que a LafargeHolcim estabeleceu três pilares para alcançar o objetivo de neutralizar as emissões de CO²: a eficiência energética; adições ao cimento para a substituição do clínquer (um dos componentes básicos do cimento obtido pela queima da rocha calcária) e combustíveis alternativos aos de origem fóssil. No médio prazo, o plano até 2030 é de conseguir já produzir 40% menos CO² líquido por tonelada de cimento, em relação a 1990, além de reduzir em 30% a quantidade de consumo de água doce retirada da natureza para produzir cada tonelada de cimento.

“No Brasil, uma das estratégias para alcançar as metas de sustentabilidade da companhia foi a criação do selo Eco, chancela ecológica da LafargeHolcim, que foi inserido nas embalagens de cimento para dar visibilidade aos produtos com redução de emissão de CO² e uso de materiais reciclados na fabricação”, destaca o engenheiro, que acrescenta: “a primeira solução mundial de concreto com baixas emissões de CO², o ECOPact, será lançada neste primeiro semestre ainda de 2021 nos países da América Latina, incluindo o Brasil”. O ECOPact tem um nível de mitigação de emissões que pode variar entre 30% e 100%, dependendo da combinação de agregados e do tratamento insumo.  

Aditivos para reduzir o uso de recursos naturais 

Neste contexto de sustentabilidade dentro da cadeia de produção de concreto, a Aditibras,  empresa fabricante de aditivos químicos para concretos, argamassas e outros produtos auxiliares para construção civil, tem uma linha de aditivos químicos para o concreto fabricado com areia artificial. O diretor da Aditibras, Marcus Vinicius Gonçalves da Silva, destaca que o desenvolvimento deste aditivo para substituir o uso de areia natural é um desejo antigo de empresas fabricantes de concreto.

A areia artificial - ou pó de pedra - é subproduto do processo de britagem de rochas e pedras. A gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Aditibras, Ana Paula Andrade, explica que os aditivos plastificantes de caráter polifuncional são produtos desenvolvidos para viabilizar o uso de areia artificial em todos os tipos de concreto. Ele age no concreto, reduzindo a tensão superficial da água, melhorando a molhabilidade e a dispersão das partículas de cimento. Ela ressalta que esse aditivo tem, na formulação, moléculas que destravam os grãos lamelares da areia artificial e minimizam a absorção de água, o que promove, entre outros benefícios, o ganho de resistência no concreto.

O diretor da Aditibras aponta que o compromisso da empresa no que diz respeito à sustentabilidade está na pesquisa e no desenvolvimento de produtos com matérias-primas derivadas de fontes renováveis e no acompanhamento da evolução dos materiais que compõem o concreto. “Hoje a Aditibras fornece aditivos plastificantes para uma média de 300 mil m³ de concreto por mês, sendo que para cada m³ de concreto são utilizados, em média, 750 quilos de areia natural. Ou seja, a areia artificial pode substituir 225 mil toneladas de areia natural por mês”, destaca Abreu. 

Os representantes da LafargeHolcim e da Aditibras participaram do Concrete Show Digital Series - Sustentabilidade, evento online que aconteceu em 11 de maio na plataforma Concrete Show. 
 

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