Tema foi um dos destaques do Concrete Show Xperience, evento virtual para a cadeia produtiva de construção em concreto. 

A economia compartilhada é um modelo de negócios em alta no mundo, em especial, entre a nova geração de consumidores que está mais consciente e exigente. No contexto do setor de construção civil, a locação de máquinas e equipamentos para a utilização em obras segue essa tendência. Esse assunto foi tema de um dos painéis de discussão do Concrete Show Xperience, evento virtual para a cadeia produtiva da construção em concreto, nesta terça-feira (26).   

Para abordar o assunto, os convidados foram o presidente e vice-presidente da Associação Brasileira dos Locadores de Equipamentos e Bens Móveis (Alec), Alexandre Forjaz e Bruno Eloel Arena, respectivamente. O painel foi moderado pela jornalista e assessora de imprensa da Alec, Marot Gandolfi.  

Durante o debate foram levantados alguns dos pontos principais que evidenciam as vantagens da locação de máquinas e equipamentos, entre eles, o acesso a equipamentos mais modernos e atualizados, a garantia de segurança para os operários e a eliminação de gastos com manutenção preventiva e armazenagem. “A locação representa em média 2% no custo da obra”, disse Forjaz.  

Outro benefício para as construtoras e incorporadoras, segundo Arena, é que a opção de alugar equipamentos permite que as empresas possam se dedicar ao seu core business, sem o ônus de fazer a gestão e logística destes ativos. O acesso às tecnologias mais recentes é também uma das questões a serem consideradas na locação. “Ao pensar se vale investir na compra de um equipamento, é preciso levar em conta se é para uma linha de continuidade de uso ou só para uma obra”, comentou o vice-presidente da Alec. 

Já o presidente da Alec avaliou que os equipamentos e as máquinas no Brasil, em geral, são muito velhos, uma vez que não temos o hábito de renovação que é observado em países mais desenvolvidos. “Uma plataforma elevatória atual e uma fabricada há 10 anos, têm em comum apenas que elas sobem e descem, fora isso a tecnologia é totalmente diferente, por exemplo”. Ele afirmou que a tecnologia reverbera em produtividade na obra, portanto, o locador deve buscar, além de boas práticas, manter a qualidade dos seus ativos. “O locador ganha ao alugar um equipamento mais moderno e o construtor também, com o aumento da produtividade em seus canteiros de obras. Um dos papéis da Alec é contribuir para criar essa consciência nos associados”, ressaltou Forjaz.  

Estima-se que existam em torno de 17 mil locadoras no Brasil, sendo que 60%, são de linha leve (general tools), segundo Arena. Ele afirmou que está otimista para o ano de 2022, que deve ser promissor, com oportunidades principalmente nas obras de empreendimentos imobiliários. Entretanto, ele avaliou que a oscilação de preços na aquisição de máquinas e equipamentos, que registrou ajustes de até 65% em 2020, e a  possibilidade de escassez de produtos, como é percebido no cenário atual, é uma preocupação do setor para o próximo ano. “De maneira geral, os estoques baixos e o lead time de entrega das fábricas têm comprometido um pouco as locadoras”, comentou Arena.   

No que diz respeito às tendências de mercado, o presidente da Alec destacou as plataformas da linha de Low Level Access, que operam em alturas de até seis metros, inclusive com a possibilidade de serem utilizadas entre lajes, porque podem ser transportadas em elevadores, por exemplo. Ele disse que o uso desses equipamentos já é consolidado e amplamente difundido em países da Europa e nos Estados Unidos. “É um equipamento que veio para ficar porque une mais produtividade e segurança”, ressaltou.

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