Atualmente, podemos encontrar no mercado diversos tipos de formas de concreto para a construção civil. Cada uma delas tem as suas próprias características e peculiaridades na hora da fabricação e aplicação.
Para falar um pouco mais sobre os tipos e aplicações das formas de concreto, entrevistamos o diretor comercial da FORSA S.A, Mauricio Boccuzzi, e os engenheiros Douglas Couto e Rafael Timerman.
Vamos lá? Boa leitura!
O que são e para que servem as formas de concreto?
“As formas de concreto servem para moldar o concreto. É como se fosse uma forma de bolo, ou seja: você coloca a massa dentro, espera ela endurecer, depois tira e a estrutura fica pronta”, explica Mauricio Boccuzzi.
As formas de concreto são responsáveis por proporcionar uma boa estrutura, promovendo a sustentação do material até ele ganhar a resistência necessária para a sua finalidade.
Quais os materiais utilizados nas formas de concreto?
“Em geral, são utilizados materiais como madeira e aço, ou qualquer outro material que possa ser moldável e também tenha resistência adequada ao empuxo causado pelo concreto no estado fresco”, explicam Douglas Couto e Rafael Timerman.
Atualmente, as formas de concreto mais utilizadas são:
- de madeira: apresentam um ótimo custo-benefício, podem ser fabricadas no próprio canteiro e com material de reaproveitamento; além disso, atendem bem às mais variadas formas geométricas necessárias para a obra;
- metálicas: são grades metálicas que permitem a execução de vários tipos de estruturas; além disso, elas podem ser locadas;
- PVC: as formas de PVC ficam incorporadas à construção, pois servem de revestimento final;
- papelão: moldam os pilares e são facilmente descartadas após o uso; por isso, é uma das opções mais baratas — embora a fabricação seja mais trabalhosa;
- vidro: apresenta uma montagem fácil e simples e se adapta bem a qualquer tipo de concreto; além disso, pode ser reutilizada, pois é leve e não enferruja.
Mauricio Boccuzzi explica que eles utilizam um sistema de forma de alumínio que traz outros benefícios para os projetos:
“Além da função estrutural, a parede tem a função vedação, ou seja, a fachada do prédio já sobe com todas as paredes fechadas. Não necessita que um construtor venha fazer o fechamento com algum outro tipo de sistema depois”, diz.
Portanto, as concretagens nesse sistema são chamadas de monolíticas, ou seja, concretam parede e laje ao mesmo tempo.
“Isso proporciona uma alta produtividade e um custo de construção mais efetivo. Afinal, é muito produtivo e muito rápido, ou seja, a redução no prazo de obra é bem expressivo”, explica Boccuzzi.
Além disso, a forma de alumínio tem a vantagem de ser um produto leve, de alta resistência e durabilidade — para você ter uma ideia, ela dura, em média, 700 reutilizações.
“Uma forma de alumínio bem cuidada quando é desformada, exige um retrabalho mínimo de acabamento. Basta passar uma massa fina e tinta. Não tem chapisco e não precisa de reboco. Ou seja, tem um custo bastante atratativo”, ressalta Boccuzzi.
Quais são as boas práticas no uso de formas de concreto?
Por fim, com relação às boas práticas do uso de formas de concreto, Couto e Timerman dão a dica:
“Devem ser selecionados os materiais adequados ao tipo de acabamento desejado e com a resistência adequada aos esforços do concreto no estado fresco”.
Mauricio Boccuzzi ressalta que, independentemente de qual forma estamos trabalhando, é importante que ela seja tratada como equipamento.
“Se a forma de concreto não tiver a manutenção adequada, a vida útil desse produto vai ser muito inferior. Além disso, ela precisa ser manuseada com os seus devidos cuidados que são: impacto, queda, limpeza, dentre outros”, explica.
E finaliza: “Ao cuidar bem do material, há a redução no custo de acabamento, evita retrabalhos e garante um produto de melhor qualidade para o cliente final”.
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