Nesta terça-feira, 26, teve início o Concrete Show Xperience 2021, evento virtual para a cadeia produtiva de construção em concreto. Com o objetivo de propor o debate sobre o atual momento e o futuro do setor no Brasil, e apresentar as últimas tendências da área de construção em concreto, o evento virtual reúne, ao longo de três dias de realização (de 26 a 28/10), uma rica programação de conteúdos, composta por 50 palestrantes.
Entre eles, estiveram, neste dia inaugural, o vice-presidente do Instituto Brasileiro do Concreto (IBRACON), Julio Timerman; o sócio-diretor da Enfeti Engenharia, Rafael Timerman; e o diretor da PHD Engenharia, Douglas Couto; para o debate sobre recuperação de pontes e viadutos de concreto e para a apresentação das mais modernas técnicas de reparos, reabilitação e reforços destes tipos de estruturas.
Para elucidar o assunto, Rafael Timerman trouxe alguns cases de sucesso ao evento, como o projeto de recuperação da Ponte do Limão, em São Paulo (SP). “Este foi um caso emblemático e que aconteceu recentemente. Em setembro deste ano, um acidente envolvendo um caminhão ocasionou uma série de avarias na Ponte do Limão, como danos em dez das dezessete vigas de sustentação principais da estrutura, causando o comprometimento da armadura inferior e cunhas de ruptura do concreto”.
Para solucionar o problema, Timerman lembrou que, primeiro, foi realizado todo o tratamento da parte do substrato do concreto. “Para isso, realizamos o envelopamento das vigas de concreto e colocamos novos estribos no lugar dos que estavam comprometidos. Posteriormente, fizemos a aplicação do concreto dosado na estrutura, entre outras iniciativas. Agora, o prazo para a finalização da obra e liberação da ponte para o tráfego novamente é de 50 dias”.
Couto, por sua vez, ressaltou que, além das técnicas trazidas por Timerman, é necessário focar também na questão dos materiais disponíveis no mercado para a realização dos reparos. “Atualmente, temos uma gama muito grande de materiais disponíveis no mercado para realizar este trabalho, como argamassas poliméricas e projetadas, grautes de concreto de alto desempenho, inibidores de corrosão de quarta geração, fibras de carbono, sistemas de proteção superficial, entre muitos outros”.
O mesmo quando se trata de equipamentos, que, segundo ele, também são fundamentais nestas obras. “Ainda mais considerando que, normalmente, elas estão em locais sem energia elétrica, então é preciso pensar também em equipamentos com motores a combustão ou na disponibilização de geradores de energia. Tudo isso precisa estar devidamente especificado no projeto”, completou.
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