Os equipamentos plásticos desempenham uma importante função no sistema de parede de concreto, oferecendo flexibilidade, precisão e segurança nas obras que utilizam esse modelo.

Para compreendermos mais, conversamos com Juliana Fernandes Fiorotto, supervisora de Marketing da Coplas, empresa especializada na produção desses produtos. Ela detalhou especificações e usos para as fôrmas plásticas, espaçadores plásticos e caixas elétricas para parede de concreto. 

Siga conosco e veja mais do que a especialista falou sobre cada um desses equipamentos!

O que é e como é aplicada a forma plástica para parede de concreto

Fernandes explica que as fôrmas plásticas “são painéis modulares, normalmente acopladas com alinhadores de metal.”

Ela relata que, quando estruturadas e conectadas, elas são altamente resistentes, “pois o plástico de engenharia suporta a pressão de toda a carga mecânica do concreto, garantindo a estabilidade necessária em toda tração, para cumprir com as dimensões do projeto.”

Além dos benefícios de geometria e alinhamento, Juliana destaca que a flexibilidade arquitetônica que a modulação das fôrmas plásticas oferece “traz produtividade para as obras do sistema de parede de concreto, da fundação a estrutura, em residências de qualquer porte, além de muros e em pré-fabricados, dentre tantos outros elementos da construção civil.”

Outro ponto observado por ela é o fato de que os painéis plásticos são leves, o que possibilita facilidade de transporte e armazenagem.

Ela ressalta, no entanto, que, “para prolongar a vida útil dessas fôrmas, é necessário utilizar um agente desmoldante de qualidade apropriado para aplicação em plástico. A base ideal da matéria-prima tem de ser de origem 100% vegetal, sendo uma fórmula atóxica e biodegradável.”

Como funciona e como é aplicado o espaçador plástico para parede de concreto?

Falando sobre os espaçadores, também chamados de distanciadores, a representante da Coplas comenta que eles têm como principal função “garantir que haja precisão no cobrimento de concreto das armaduras verticais (paredes) e horizontais (lajes e pisos).”

Ela também aborda outro acessório importante neste sentido, o gabarito, que, em suas palavras, “atua como galga interna das fôrmas, alinhando os painéis com simetria, evitando a excentricidade local.”

Segundo nossas entrevistas, eles assim “garantem que as paredes estejam posicionadas corretamente uma sobre as outras entre os diversos pavimentos do empreendimento (edifícios e casas do tipo sobrado).”

Fernandes também cita os acessórios do tipo presilha, “fundamentais para prender o conduíte nas malhas de aço, evitando que os eletrodutos se movimentam no momento da concretagem e marquem nas paredes.”

Ela ainda explica que eles “permitem a livre passagem do cabeamento da elétrica, facilitando instalações da elétrica e hidráulica.”

Como funciona e como é instalada a caixa elétrica para parede de concreto?

Já sobre as instalações elétricas, que também são chamadas de subsistemas, Fernandes observa que “as caixinhas de elétrica devem ter um encaixe justo nas ferragens, garantindo precisão no posicionamento e fixação correta, para que durante a pressão da concretagem não se desloquem.”

Ela complementa dizendo que: “para isso, é necessário que um distanciador seja fixado na parte posterior da caixa e exerça pressão contra o painel, para que o sistema fique justíssimo a fôrma.”

Juliana também reforça que elas “devem ser fáceis de instalar, impermeáveis, ou seja, bloqueiem a vazão da nata de concreto (pela tampa) para o seu interior. Lembrando que as entradas das caixas devem ser compatíveis com os eletrodutos dos tipos corrugado e liso (conduítes), com diversos diâmetros.”

Por fim, a especialista diz que “os eletrodutos têm como função conduzir a fiação elétrica por dentro das paredes e lajes, devem ser fabricados com matéria prima antichama, para segurança de toda a instalação elétrica.”

Ela aponta também o PBQP-h (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat), que emite certificados de conformidade para essa linha de produtos. 

“No mercado existe a opção de aquisição do modo kits industrializados. Trazendo facilidades ao projeto do cliente, com grande produtividade, otimização de mão de obra e controle de custos.”

Normas técnicas para o uso de equipamentos plásticos na obra

A especialista da Coplas também falou das regulamentações que regem a fabricação e uso desses produtos tão importantes para a construção civil. 

Ela ressalta a norma de desempenho NBR 15.575, e, a pontual NBR 16.055 (“Parede de concreto moldada no local para a construção de edificações – Requisitos e procedimentos”).

“Essas normas em conjunto com a NBR 6118 (Projeto de estruturas de concreto – Procedimento), controlam os requisitos básicos que mantém a qualidade estrutural do projeto em execução (simples, armado e protendido).”

Segundo Juliana, tais normas orientam os construtores “sobre a necessidade de avaliação da classe de agressividade ambiental para definição da taxa de cobertura de concreto que deve haver sobre as armaduras.”

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